Ordem de apresentação do Grupo de Trabalho 10

GRUPO DE TRABALHO 10

(TODAS ATIVIDADES DESTE GRUPO DE TRABALHO OCORRERÃO NO AUDITÓRIO 5OF)

Narrativas imperfeitas, olhares cinematográficos: o cinema como fonte no fazer historiográfico

Lucas Henrique dos Reis (UFU)

Suelen Caldas de Sousa Simião (UNICAMP)

 

Dia 09 de junho de 2015

1 – SUELEN CALDAS DE SOUSA SIMIÃO

O flanêur contemporâneo na Buenos Aires de Medianeras (2011): sensibilidades e espaço urbano

O processo de urbanização tem sido apreendido de diversas maneiras tanto pelos gestores da cidade, quanto para quem nela habita. Nesse sentido, o trabalho com objetos culturais, como narrativas cinematográficas, por exemplo, constitui-se como um importante objeto para pensarmos as formas de sociabilidades contemporâneas na cidade. O cinema aparece como um produto cultural e uma arte de inserção do homem no mundo, “objeto de significação” e “objeto de comunicação cultural entre os sujeitos”, como escreve Barros. Nesta medida, optamos por trabalhar com Medianeras, filme argentino de Gustavo Taretto (2011), que trata da relação entre duas pessoas avessas ao contato social, Martín e Mariana, que vivem em Buenos Aires, têm características bem semelhantes, são vizinhos, mas não se conhecem. Ambos veem na cidade de Buenos Aires a perfeita metáfora do caos, que graças à arquitetura aparece de maneira latente, discurso que é reafirmado pelos personagens durante todo o filme. O objetivo desse texto é trabalhar com a flânerie contemporânea do personagem Martin, mais do que um simples observador da cidade, uma personagem que se articula também a partir do olhar virtual e da flânerie eletrônica.

 

2 – OLÁVIO BENTO COSTA NETO

O cinema contra a homofobia: “Fresa y Chocolate” e as representações da perseguição contra os homossexuais em Cuba durante o governo de Fidel Castro.

Nos dias atuais, a luta pela igualdade vem sendo cada vez mais problematizada. Questões como, por exemplo, gênero e raça conquistaram grande espaço nos debates sociais em todo o mundo e, cada vez mais, vem trazendo novas discussões de grande relevância para a sociedade em que vivemos. O histórico de perseguição às minorias pode ser observado em todos os tipos de governo, sejam eles ditatoriais ou não. Tais situações permanecem na história da humanidade, novos capítulos são acrescentados a todo momento e, mesmo assim, ainda há muito do que se falar.  Um dos debates que ganhou grande espaço nos últimos anos é os direitos da causa LGBT, neste momento em que vários países estão se conscientizando para com a igualdade sexual, ainda podemos ver aqueles que tentam combater tal movimento. Vemos todos os dias casos de violências contra homossexuais, barbaridades justificadas por pensamentos preconceituosos disseminados com o tempo, discursos de ódio findados em razões, em sua maioria, religiosas que se contrapõem diretamente com os direitos da humanidade. Em um mundo onde os governos totalitários ainda ganham espaço, apoiados por aqueles que se sentem ameaçados com o diferente, é necessário analisar como tal opressão acontece em todos os lugares.

Tendo em vista a pouca importância que muitos dão às minorias, o presente artigo pretende, por meio da análise cinematográfica, entender, nas décadas que se seguiram à vitória da Revolução contra o governo de Fugêncio Batista, como se deu a perseguição e opressão aos homossexuais na Cuba liderada por Fidel Castro. O estudo tem como fonte o filme de 1994, dirigido por Tomáz Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío, “Morango & Chocolate”, obra de grande importância para o cinema cubano em âmbito mundial, que trata, de maneira muito bem construída, da opressão à certas minorias dentro da revolução.

 

3 – BRUNA THALITA AQUINO SILVA

Uma Visão Sobre O Cinema Documentário em Eduardo Coutinho

O século XX foi marcado por trazer inovações técnicas, estéticas e narrativas para o cinema, em especial, para o cinema documentário, que sofre mudanças nessa época ao perceberem que há mais sobre a linguagem documentária do que aquela presente na sua forma mais clássica, com presença da voz over, cuja função era, principalmente, educar.

Ao perceber que a estética e a forma de fazer cinema estão em constante mudança, o objetivo desta pesquisa é compreender a relação entre televisão e cinema, especialmente no Brasil durante o século XX, visto que com o surgimento do Cinema Novo no Brasil, foram reforçados vários preconceitos entre ambos. Para tal, busco essa relação observando principalmente os documentários de um grande cineasta brasileiro, Eduardo Coutinho. Percebendo, essencialmente, a importância do cinema documentário para a construção histórica e para a compreensão das mentalidades, através das asserções construídas entre o documentário e o mundo, entre os personagens e o passado, bem como com o presente.

Vemos em Coutinho que este não nos apresenta uma forma pronta, mas a cada novo documentário se transforma e busca elementos novos que dialogam com o seu modo de pensar o documentário e de construir asserções com o mundo.

A trajetória de Coutinho se torna interessante por vários motivos. Começou sua carreira como cineasta de ficção, depois foi convidado para trabalhar em um programa de televisão da Rede Globo, o Globo Repórter. Foi após seu período trabalhando ali que se tornou documentarista. Neste caminho, é possível observar como o trabalho na TV foi importante, podendo considerá-la como uma escola para a linguagem e a narrativa presentes nas produções dele.

Percebemos que há uma importante relação entre a história, a teoria da história e o cinema, no qual Eduardo Coutinho é um excelente exemplo para tal reflexão, visto que o cineasta além de renovar a produção cinematográfica dos documentários, busca sempre estabelecer asserções com o mundo, não apenas do presente, mas também do passado, perceber a sociedade e mostrar as representações desta sociedade.

 

4 – VINÍCIUS ALEXANDRE ROCHA PIASSI

Ditadura, pretérito imperfeito: um passado que não passou sob o foco das câmeras de Lúcia Murat

Este trabalho se propõe a analisar, entre a filmografia de Lúcia Murat, suas produções voltadas para a abordagem de temas relacionados à ditadura civil militar brasileira. Lúcia Maria Murat Vasconcelos, cineasta, 65 anos, era uma jovem de classe média, estudante de economia envolvida na militância armada contra o regime na época em que vivenciou as experiências de tortura e repressão que discute em seus filmes. Ela inicia sua carreira no cinema no final dos anos 80, e, tendo em vista a radicalidade das experiências pelas quais passou, estas são tematizadas recorrentemente em seus filmes, cujas narrativas são construídas, principalmente, a partir de suas próprias memórias. Para a análise transversal de sua filmografia foram selecionados os longas-metragens Que bom te ver viva (1989), Quase dois irmãos (2004), Uma longa viagem (2011) e A memória que me contam (2012), a partir dos quais se pretende compreender o processo de elaboração de suas experiências traumáticas e os modos como ela se relaciona com seu passado. A diretora tem uma produção variada no meio audiovisual ligada à sua produtora, a Taiga Filmes e Vídeo, mas os filmes escolhidos já compõem um material significativo para análise de acordo com os propósitos de identificar traços de memória de suas experiências da ditadura e as formas de lidar com esse passado através da prática cinematográfica. Para realizar este intento, parte-se de uma perspectiva de análise fílmica multidisciplinar que possibilite identificar e compreender a variedade de discursos articulados nas suas produções, as diferentes estratégias narrativas utilizadas em cada uma, as mudanças de estilo adotadas ao longo da carreira da cineasta para a abordagem dos variados temas de suas histórias, os modos de enunciação escolhidos para cada situação representada, as relações estabelecidas entre diferentes gêneros cinematográficos, assim como a técnica e a perspectiva predominantes em cada produção. Além dos filmes, os comentários e entrevistas da diretora e de sua equipe de produção e elenco reunidos nas edições dos filmes em DVD, bem como informações disponíveis na página da produtora na internet constituem fontes para a análise.

 

5 – MÁRCIO HENRIQUE GUIMARÃES

A ficção-científica como catalisadora do estudo de História: o legado de A Máquina do Tempo de H.G. Wells para o cinema mundial.

A ficção científica tem suas raízes em meados do século XIX, quando o continente europeu passava por intensas transformações tecnológicas, fato que funcionou como catalisador para alimentar a imaginação de muitos escritores. Entre eles, H.G. Wells (1868-1946), autor britânico que ficou notavelmente conhecido pelo caráter distópico presente em suas obras, sobretudo no seu livro de estréia, “A Máquina do Tempo”, lançado em 1895. Ele especularia sobre as possibilidades que o uso do progresso poderia injetar no avanço das relações sociais. O poder de cativar que a literatura de ficção científica já possuía, sobretudo com outro autor renomado, Júlio Verne, ganharia ainda mais notoriedade. Ele se tornou um expoente em sua época ao incorporar, não apenas especulações científicas em seus textos, mas agregando imaginação em novos conceitos científicos, além do seu tempo. Um desses conceitos foi a possibilidade de viagem no tempo, que é a base do seu primeiro livro. O fundamento científico utilizado nesta obra para mover sua narrativa era a utilização do conceito de uma “quarta dimensão” que aqui é atribuída ao tempo. Narrado em terceira pessoa, o livro conta a história de um inventor do final do século XIX que, com sua engenhosidade, cria um aparelho que o possibilita sair de sua época, viajando para o passado ou para o futuro. Com essa obra, ele abriu as portas da distopia demonstrando uma crítica sobre o destino da humanidade, sobre os desvios que ela tomava em sua época mediante a má utilização da tecnologia, ao passo que ele também argumentava sobre diferentes possibilidades para um melhor caminho que visasse uma transformação efetiva por meio dela em nosso mundo. Tal obra literária é seu maior legado pois continua a servir de inspiração constante como argumento criativo para diversos profissionais no mundo do entretenimento, principalmente no cinema norte-americano criando múltiplas possibilidades de construções narrativas envolvendo os mais variados caminhos para avaliar caminhos alternativos nas revoluções históricas pelas quais passam a humanidade e que forjam a própria História em si.

Objetivo: discutir como a partir desse eixo argumentativo ficcional, elaborado por H.G. Wells possibilita a criação de obras cinematográficas de caráter substancialmente relevantes movidos por reflexões profundas sobre quão longe o avanço tecnológico influi como fator determinante para modificar a estrutura social vigente em cada época, podendo alterar o equilíbrio do poder entre os homens.

 

6 – LUCAS MARTINS FLÁVIO

O Fogo é Roubado! A Projeção em Luzes de Uma Aliança Profana

Desde a recuperação do mito grego de Prometeu pelo poeta alemão Goethe, em 1774, até a publicação de Frankenstein ou o Moderno Prometeu por Mary Shelley, em 1818, pode-se perceber o aparecimento de uma preocupação que poderia atacar o progresso tecnológico que o projeto moderno apresentava: a razão estava vencendo a fé e o homem – a criação – poderia tentar fazer as vezes do criador. Quase um século depois, surgia uma nova forma de contar histórias, de narrar a vitória da tecnologia: era o cinema com o cinematógrafo. Em 1895 os irmãos Lumière apresentaram o que seria considerado o primeiro filme da História –  L’Arrivée d’un Train à La Ciotat – e sete anos depois Georges Méliès exibe Le Voyage dans la Lune, o primeiro filme de Ficção Científica. A partir daí, o cinema se mostraria uma forma narrativa extremamente profícua para esse gênero, nascido da releitura moderna do mito de Prometeu. Agora, lançando um olhar retrospectivo nesse pouco mais de um século dessa aliança, poderíamos nos inquirir sobre aquela preocupação inicial ao longo do tempo, de modo a buscar entender o olhar dos cineastas que produzem filmes de Ficção Científica sobre os avanços da tecnologia, essa busca incessante pelo que muitos chamam de “progresso”.

 

Dia 11 de junho de 2015

7 – LUCAS HENRIQUE DOS REIS

Nos Rastros Do Western: Civilização e Barbárie Nos Filmes de John Ford

Lançando um olhar sobre o western, é possível perceber que os conflitos desse gênero cinematográfico são construídos a partir de várias oposições: Leste versus o Oeste, o cowboy versus o índio, a professorinha versus a prostituta, civilização e barbárie, etc. Todos esses conflitos estão presentes na obra de John Ford, mas, se, no início da sua carreira, seus filmes são representações maniqueístas do Oeste, no período pós-Segunda Guerra Mundial, as fronteiras que definem essas oposições já não são mais tão bem definidas. Este trabalho tem, portanto, o objetivo de estabelecer uma mudança de perspectiva desse diretor quanto à relação/oposição entre civilização e barbárie. Para isso, optou-se pela análise de dois filmes — No tempo das diligências, de 1939, e Rastros de ódio, de 1956 — que são exemplos significativos dessa transformação na obra de John Ford. Os filmes serão analisados com as ferramentas de análise fílmica, que tem sido propostas desde os anos 1960 por Marc Ferro. Além disso, será necessária uma análise da obra do historiador estadunidense Frederick Jackson Turner, que, no final do século XIX, propõe uma interpretação da história dos Estados Unidos a partir da fronteira, e como essa tese de Turner começou a fazer parte do imaginário estadunidense no século XX e difundiu-se através dos filmes de western.

 

8 – JOÃO LUCAS FRANÇA FRANCO BRANDÃO

Jesse James, Produto de Eras: Uma Análise Sobre os Filmes de 1930 e 2007, em Paralelo com o Conceito de Banditismo Social, de Hobsbawm

A obra Os bandidos (1969), de Eric Hobsbawm, faz a apresentação de diversas categorias de foras da lei, cujas particularidades os fazem serem caracterizados como bandidos sociais.  Estes, com um diálogo marcante com a comunidade local – mundo camponês, o qual também pertenciam – por vezes justificavam suas ações em prol de seu povo, mesmo que o modus operandi se desse através da violência. Desta forma, esse artigo se pautará em dois exemplos distintos de foras da lei que Hobsbawm dissertou: Robin Hood e Lampião, a fim de dialogarmos com as representações de um outro bandido social, Jesse James, em produções cinematográficas de 1939 (Jesse James: Lenda de uma era sem lei; Henry King) e de 2007 (O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford, Andrew Dominik).

As duas fontes fílmicas estão separadas por um tempo de produção de mais de 60 anos e, portanto, apresentam diversas distinções na composição da narrativa e na criação do personagem, que é também uma figura histórica. A partir dessa premissa, o artigo visa compreender de que modo essas particularidades foram articuladas e de qual modo podemos dialogar Jesse James, considerado o fora da lei mais procurado da América, com os conceitos e as referências dos Bandidos de Hobsbawm.

 

 

9 – RENATA SILVEIRA DUTRA

“All Together”: Walt Disney Studios e a relação com a identidade americana nos Estados Unidos (1942-1945)

A nossa relação com a imagem tem sido cada vez mais íntima, e que, no caminhar da humanidade, as representações que a imagem proporcionou e proporciona caracterizam diversos momentos históricos, modos de ver e compreender o mundo e seus conceitos, e também dialoga essencialmente com o indivíduo, já que é feita por ele e para ele. Sendo assim, utilizar de uma fonte imagética para investigar e responder as perguntas feitas a partir do historiador não deixa de ter importância. O cinema, como fonte histórica, não deixa de ter sua relação com a imagem, mas ele também é dotado de outros elementos: movimento, som e fala. O cinema como fonte revela anseios, mensagens e pensamentos que estavam sendo discutidos no momento de sua produção, e também cabe a nós problematizar essas mensagens e trazê-las às nossas análises.

A Walt Disney Studios foi tomada como universo onde seria possível escolher a fonte para essa análise. Dentro desse panorama, a figura do Mickey Mouse ganha relevo e importância como objeto de estudo, visto que o ratinho acabou de tornando um ícone contemporâneo de poder econômico e de entretenimento tanto nos Estados Unidos como em todo o mundo. A partir disso faz-se necessário, em primeiro momento, entender como a figura do ratinho Mickey foi gradativamente se tornando símbolo do imperialismo estadunidense e, também, no contexto da Segunda Guerra Mundial entendermos a ausência da imagem de Mickey Mouse nas animações da War Production Board.

Nessa análise, tomamos como objeto de estudo três animações produzidas durante a Segunda Guerra Mundial pela War Production Board [1]: Out Of The Frying Pan Into The Firing Line (1942), The New Spirit (1942) e The Spirit of ’43 (1943). Essas animações protagonizadas pela Minnie Mouse e o Pato Donald, trabalham a ideia do “americano” como aquele que, de certa maneira, ajuda o exército estadunidense e seus aliados na Guerra de várias maneiras: desde auxílio financeiro, até mesmo com algumas atitudes cotidianas, como, por exemplo, o armazenamento da gordura usada na feitura das refeições e também a distribuição desta para determinados locais, tendo a finalidade para a indústria bélica.

 

10 – MARIA LUZIA ALVES BRITO

Intervenções norte-americanas do Vietnã ao Afeganistão: a ressignificação de Watchmen por Zack Snyder

Em 1987 Alan Moore iniciava as publicações da série de quadrinhos Watchmen, contando a história de um grupo de heróis que enfrentam diversos dilemas morais em um EUA futurista que teria vencido a Guerra do Vietnã devido a um acidente nuclear que transformou um renomado cientista em uma verdadeira arma nuclear. Vinte e dois anos depois, a série foi adaptada para o cinema. Se no momento de produção das HQs era clara a relação entre a narrativa de Moore e os anseios quanto a guerra do Vietnã, em 2009 a adaptação cinematográfica de Zack Snyder faz referências às intervenções militares norte-americanas no Afeganistão. O objetivo central desse trabalho será compreender através de dois produtos da indústria cultural norte-americana como o fracasso da intervenção militar norte-americana direta no Vietnã durante esse período de Guerra Fria influenciou no modo como os estadunidenses viam seus governos federais e suas relações internacionais e pretendo compreender também como essas relações se alteraram justamente com uma outra intervenção militar de caráter inteiramente novo, a guerra no Afeganistão.

 

11 – ARTHUR RODRIGUES CARVALHO

A Ironia em Dr. Fantástico: Disputas Narrativas na Construção Histórica

Partindo de conceitos no estudo de história e cinema de autores como Michèle Lagny e Robert Rosenstone, e daqueles na área da narrativa histórica com Hayden White, pretende-se explorar o uso do tropo linguístico da ironia no filme Dr. Fantástico de Stanley Kubrick (1964), e como seu uso é pertinente à construção da narrativa histórica a partir do longa.

Com o desenvolver do longa, o fino humor negro do diretor se torna evidente e, quando se leva em conta o fato de que ele foi produzido e lançado durante o mesmo período histórico que representa, nota-se como os vários traços irônicos foram trabalhados para impactar o espectador. Naquele momento, vivia-se a palpável paranoia com relação à guerra atômica e a destruição em massa, que o levava a crer na possibilidade do “fim do mundo”.  Tudo isso possibilita estudar a produção e representação desse contexto – a construção da narrativa histórica – trabalhada a partir do cinema.

[1] Departamento de Produção de Guerra. Era um órgão governamental dos Estados Unidos que decidia o uso de recursos e as políticas de investimentos para algumas áreas, geralmente culturais consideradas importantes para economia de guerra. KRAUSE, Katia Iracema. O Rato vai à Guerra: como o Mickey Mouse se tornou uma imagem de poder nos EUA, 1929-1946. Dissertação de Mestrado — Universidade Federal Fluminense UFF, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2011. P 131-132.

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