Resumos e ordem de apresentações do Grupo de Trabalho 7

GT 7: Formação Discente e Engajamento Social: Ensino de História, Pesquisa e Extensão

(TODAS ATIVIDADES DESTE GRUPO DE TRABALHO OCORRERÃO NO AUDITÓRIO 5OH)

Terça-feira: 09/06/15

 

1 – DURVAL SATURNINO CARDOSO DE PAULA

Formação Discente e Engajamento Social: a Extensão Universitária como instrumento de uma Educação Libertadora

Este trabalho pretende à luz das experiências com projetos de Extensão universitária desenvolvidos nas comunidades de Cruzeiro dos Peixotos e Martinésia, Uberlândia, MG (desde o ano 2010), refletir acerca das contribuições da prática extensionista para o enriquecimento e humanização da formação discente universitária. Entende-se a Extensão numa perspectiva ampla e indissociável da Pesquisa e do Ensino. Trata-se do momento, tempo e lugar de troca de saberes (entre Universidade-Comunidade); de desprendimento do tecnicismo/academicismo; de libertação/estímulo de habilidades (humanas e técnicas) e de incentivo para consolidação da cultura de Pesquisa-Ação que interage/vive/(res)significa/partilha com o social, tornando-o lugar de militância e reflexão.

2 – LÁZARO RUFINO DÂMASO NETO

Um Olhar para o Papel dos Museus no Ensino de História

O presente trabalho é produto de um Trabalho de Campo realizado no ano de 2014 pelos professores do curso de História da FACIP/UFU, com destino a cidade de Ouro Preto.  Dirigiu-se o plano de visitas a instituições de reconhecida expressividade histórica, detentoras de acervos diversificados e significativas como locais de memória. Com base nas observações nas instituições históricas –  com destaque os museus -, anotações e referencial teórico. O artigo tem como objetivo refletir no papel que os museus representam para o ensino de história e o valor simbólico de cada objeto presente nos museus e a organização dos mesmos, que qualifica um discurso objetivo de determinado locutor. Partiu-se das seguintes questões: Qual (is) contribuição (ões) do museu no processo de ensinar e aprender história? Que público organizou a distribuição de salas e objetos no museu? Qual hipótese de público eles imaginaram ao organizar de tal maneira? Em busca dos autores referência no assunto, com estes questionamentos estabeleceu-se um diálogo com a autora Janice Pereira da Costa – que tem sua tese de mestrado construída na análise do Museu da Inconfidência e da localização, história e valor do mesmo para cidade de Ouro Preto. Por influência das observações realizadas e o trabalho de Janice Pereira da Costa, escolheu-se para uma análise específica das questões supracitadas o Museu da Inconfidência, que se encontra em funcionamento no edifício da antiga Casa de Câmara e Cadeia da cidade de Ouro Preto, localizado na praça Tiradentes, cartão postal da cidade. Há também, para além da análise do Museu da Inconfidência, uma leitura geral da cidade de Ouro Preto e o valor de patrimônio a ela estabelecido, como expoente autêntico de arte e identidade nacional. Conclui-se que é real a importância dos Museus para ensino de História, em relação a formação da identidade do indivíduo, trazendo elementos de uma memória local, e no caso do Museu da Inconfidência, além de local, uma memória nacional. Porém considera-se fundamental problematizar a memória oficial e destacar outras histórias silenciadas.

3 – CAROLINA PAULA FERNANDES

Extensão Universitária: importância para a formação de futuros professores

Este trabalho pretende relatar a experiência única de participar de um projeto de extensão, bem como o impacto disso para minha formação enquanto discente do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. O meu crescimento foi bem perceptível o que me mostrou o tamanho da minha capacidade. Durante o ano de 2014, na condição de bolsista de Extensão do Programa “Enfrentamento da Violência”-MEC/PROEXT/PROEX-UFU desenvolvido nas comunidades de Cruzeiro dos Peixotos e Martinésia vivi e compartilhei uma formação acadêmica diferenciada, mais humana e mais sensível às questões sociais. São essas lembranças, saberes e fazeres que venho relatar nessa oportunidade. Foi um trabalho árduo mais muito prazeroso, adquiri muito conhecimento. Toda a vivência dentro da extensão, posso afirmar com clareza, me fez um ser humano melhor e me estimulou a construir novos valores com os alunos e toda a comunidade.

 

4 – SHEYNA RAQUEL DO NASCIMENTO

Universidade e Extensão: Aprendizado, Desenvolvimento e Contribuições na Vida do Professor-Aluno

Se tratar de extensão dentro da universidade, é entrar em uns dos campos mais importantes para a soma que este mesmo pode proporcionar para um determinado meio que será ou está inserido. Trazendo esta realidade para a comunidade Cruzeiro dos Peixotos, percebe-se que esta contribuição na vida dos envolvidos ultrapassam as expectativas. Um lugar onde a prática de troca de saberes é exercida, e em troca mais saberes são gerados tanto para o aluno quanto para o professor. A responsabilidade empregada e a vontade dos envolvidos de estar nos momentos das atividades e engajadas no projeto e em sua filosofia, traz modificações na sociedade local. Então tornando-se um lugar onde não só alunos e professores se envolvem, e sim pais. Desta forma promovendo este movimento cíclico faz com que venha ser   desenvolvido um lugar melhor de esperança de um futuro com mais possibilidades e de possíveis realizações de sonhos.  Trata-se de uma verdadeira missão a de levar-trocar e (res)significar  conhecimentos  por meio da extensão universitária e de se introduzir na vida dessas pessoas uma verdadeira transformação.  Conhecer   sua importância na vida pedagógica e o impacto que ela causará na vida dos sujeitos envolvidos (sejam eles da academia ou da comunidade) corporifica uma relação de troca entre saberes, experiência e modos de vida. O principal deles, talvez seria, o amor que é demonstrado pela comunidade.

 

5 – BRUNO APARECIDO DE PAULA PAIM e JOELMA MARIA FERREIRA DOS SANTOS

Educação popular e extensão: como caminhar?

Não são novas as discussões sobre a importância de educar o sujeito levando em consideração o meio em que vive. Comunidade, liberdade, cultura e educação popular, empoderamento, são palavras comumente encontradas nos trabalhos de Freire (1996) e/ou Brandão (1986) e nos desafiam sair do campo empírico e postarmos no campo da práxis. Qual a finalidade? Essa resposta é uma via de mão dupla. Considerando a interação entre educando e educador, pode-se a partir de então construir um diálogo no qual educar represente aos sujeitos envolvidos adentrar as margens dos direitos sociais, reconhecendo (e não apossando) suas experiências. Outro fator, cabível aos acadêmicos neste circulo aqui descrito, é enxergar a sociedade onde ela potencialmente está, para além dos muros universitários. Nesta difícil tarefa, as atividades de extensão universitária, unidas a comunidades de classes populares que pensam e trabalham com educação em processos informais podem criar ações educativas, de reflexões sócio-políticas e culturais, levando em consideração as aspirações das comunidades, de forma que as propostas partam destas.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação como cultura. São Paulo: Editora Brasiliense. 1986.

CHAUÍ. Marilena. Escritos sobre a universidade. São Paulo: Unesp. 2001.

CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tabula rasa do passado? sobre a história e os historiadores. São Paulo: Ática, 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

6 – POLLYANA GLEICE PIO

Formação e Extensão: A Importância da Vivência Extencionista para a Formação Estudantil

Este trabalho tem como objetivo relatar a importância da experiência como professora de um projeto de extensão durante a graduação. Sobre o qual serão relatadas as vivências de um projeto em especifico realizado nos distritos de Uberlândia (Cruzeiro dos Peixotos e Martinésia) sobre o título: Culturarte: Educação, cultura e arte na promoção dos direitos humanos de crianças e adolescentes dos distritos rurais de Uberlândia. Ressaltando pontos importantes sobre a relevância desta vivência para o aluno de graduação em Dança tanto no seu desenvolvimento como docente quanto artista em sua formação. Entendendo está relação que se cria entre a universidade e comunidade como uma ponte que liga diferentes saberes unidos em uma relação de trocas significantes para ambas as partes e também coloca pessoas que ainda estão no processo de formação em contato direto com a realidade do seu futuro campo de atuação. Possibilitando o entendimento na pratica daquilo que é absorvido durante a sua formação na forma teórica. Pois só assim é possível identificar facilidades e dificuldade existentes no processo de formação deste profissional.

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